1 de outubro de 2015

É o fim da Advocacia?

Por Gustavo Nobre

João Ozório de Melo, colunista do Conjur, influente canal de notícias online sobre o mundo jurídico, anunciou a criação do primeiro advogado artificialmente inteligente do mundo, denominado de Ross. O robô fora desenvolvido pela Universidade de Toronto e seu nome certamente faz alusão ao brilhante gênio e protagonista do seriado jurídico americano Suits, Michel Ross. Será o fim da advocacia? Em nossa opinião, não. Será, ao revés, a retomada do ser humano ao seu posto principal, o da sensibilidade. Ora, o que hoje acontece na maioria das bancas de advocacia é a robotização do ser humano, sua “coisificação” propriamente dita, onde seres humanos são tratados como máquinas meramente montadoras de peças processuais mornas, como parafusos e porcas de uma linha de montagem fordista.

É o fim da advocacia?
Segundo o artigo de João Ozório, o programa na verdade é um aperfeiçoamento de um robô com inteligência artificial desenvolvido pela IBM, o Watson, o qual se trata de um “sistema de computação cognitiva que entende a linguagem natural e não precisa ser programado, aprende com o uso, a cada dia”, é o que explica seus desenvolvedores.
A figura do advogado artesão, que capta a angústia e a dor de seus clientes, que serve muitas vezes como o ombro amigo, o psicólogo, o fiel confidente, dá espaço ao advogado robotizado e que por ser essencialmente um ser humano, perde feio para o robô Ross.
O mercado está cansado do “advogado robô”, a vida pede mais vida, pede maiores embates, pede advogados seres humanos, que deem voz às dores e às angústias do ser. Não sois máquina! Advogados é que sois!
Confiram a matéria de João Ozório pelo link: http://www.conjur.com.br/2015-out-29/estudo-preve-robos-farao-trabalho-advogados-paralegais